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12 de fevereiro de 2014

Funcionários da Polícia Federal confirmam paralisação nesta terça-feira

Agentes, escrivães e papiloscopistas também se preparam para suspender as atividades nos dias 25 e 26.
Na última sexta (7), servidores da Polícia Federal também protestaram contra más condições de trabalho
São Paulo – Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal irão suspender as atividades nesta terça-feira (11). Os profissionais, que representam cerca de 80% da PF, vão organizar manifestações diante das unidades da instituição, para denunciar o que consideram más condições de trabalho. Eles ameaçam realizar greve nos próximos dias 25 e 26.

Entre as principais reivindicações, estão a reestruturação da carreira e definição das atribuições dos agentes. "É uma situação urgente, a Polícia Federal não tem atribuição de fazer segurança para delegações estrangeiras, por exemplo, e precisamos resolver isso antes da Copa do Mundo. Mas queremos que todas as atividades estejam em lei para visualizarem a complexidade da nossa profissão”, disse o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luis Boudens.
A entidade afirma ainda que os funcionários estão há sete anos sem reajuste. “Em 2002, os nossos salários estavam no mesmo patamar dos auditores da Receita Federal e hoje ganhamos metade do que eles recebem. O governo nos colocou em um patamar abaixo do que deveríamos estar”, disse Boudens. A federação afirma que o órgão tem sofrido "um boicote oficial" do governo e acredita que isso ocorre por "uma espécie de castigo" pelas operações anticorrupção da PF, como a do chamado mensalão.

Segundo pesquisa de 2013 divulgada pela Fenapef, 90% dos policiais sentem-se subaproveitados na corporação, 70% consideram ter a saúde afetada com o trabalho e 30% admitem tomar medicamento controlado, passando por tratamento psicológico e/ou psiquiátricos. "Precisamos parar e mostrar para toda a sociedade que a Polícia Federal está na UTI. O governo tem de retomar as linhas de negociação", diz Boudens.
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça e representantes do governo informaram que não se manifestam sobre movimento grevista ou paralisações.
Fonte:RedeBrasilAtual

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