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10 de dezembro de 2012

"50 Tons de Cinza": Muito mais amor do que sexo!

 
Carol Patrocínio leu livros da série '50 tons de cinza'. (Foto: iStock)Sempre que alguém fala do livro "50 Tons de Cinza" tem gente reclamando, dizendo que o livro é ruim, que é leve demais, que quem gosta de literatura com essa pegada deveria ler Marquês de Sade... Resumindo, sempre tem gente querendo colocar regra na vida — e escolhas — alheia.
Eu li os três livros e poderia dizer que foi apenas para entender o fenômeno e vir aqui contar para vocês, mas não foi. Como eu já disse aqui - Sadomasoquismo em "50 Tons de Cinza" - o livro me ganhou com sua leitura fácil e conto de fadas.

Sim, conto de fadas. A história nada mais é do que uma garota insegura que conhece um cara incrível que se apaixona por ela. Com essa paixão ela consegue se entender, conhecer e aceitar melhor, o que a torna segura e ainda mais atraente para ela mesma, pra ele e para o mundo.
É claro que na internet rolam milhões de gracinhas sobre o enredo, querendo dizer que a garota se apaixona porque o cara é rico — o que não faz o mínimo sentido, já que o livro foi baseado na trilogia de Crepúsculo, que relata uma história de amor entre vampiro e humana e o pano de fundo é, como sempre nas histórias de vampiro, uma metáfora sobre virgindade.
E aí quando você vai lendo os outros livros nota que é apenas amor. Ela não quer a grana, a fama, o sexo violento e incrível — apesar de aceitá-lo numa boa, como qualquer uma faria -, ela quer mesmo é o amor, é se sentir amada, querida, indispensável.
E não é isso o que a gente mais quer quando se apaixona? A gente quer sentir que a outra pessoa sente o mesmo, que compartilha nossos planos e sonhos, que estará ao nosso lado não importa o que aconteça. E, é claro, a gente também quer sexo. O bom e velho sexo.
Um trecho da obra que comprova o que estou dizendo é esse, em Anastasia, no meio da transa, pensa assim: "É tão erótico - a necessidade que ele tem de mim". Entendeu? É muito mais sobre amor do que sobre sexo.
E é por ser sobre amor que ganhou tantas pessoas. É claro que o sexo ajuda, mas ele é parte do amor, por que não deveria estar presente? O sadomasoquismo, bondage e afins nem é tão forte, é tudo coisa que os casais podem fazer em casa e as ideias são ótimas para apimentar o relacionamento.

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