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20 de outubro de 2012

Ritual asteca grotesco é revelado após 50 crânios serem encontrados.

Arqueólogos descobriram um recinto sagrado da antiga cidade asteca de Tenochtitlan, hoje a moderna capital mexicana Cidade do México, que contém restos mortais de 500 anos de idade em torno de uma pedra sacrificial, uma espécie de “plataforma de sacrifícios” conhecida como cuauhxicalco.
50 crânios decapitados e 250 ossos de mandíbula foram escavados como evidência dos rituais brutais praticados pelos astecas. 45 dos crânios foram descobertos acima da pedra, e cinco que estavam mais fragmentados foram encontrados abaixo da pedra com buracos em ambos os lados, o que sugere que uma vez foram pendurados para exibição.
A Cidade do México já foi a capital da civilização asteca, que dominou grande parte da Mesoamérica nos séculos 14 e 16, até que foram atacados e derrotados pelos conquistadores espanhóis liderados por Hernán Cortés em 1521, que foram ajudados por um número de aliados indígenas, talvez incomodados com os constantes sacrifícios humanos em Tenochtitlan.
A cultura asteca é conhecida atualmente principalmente por evidências arqueológicas encontradas em escavações, tais como Templo Mayor da Cidade do México, além de registros escritos e relatos de testemunhas oculares dos invasores espanhóis.
Segundo o arqueólogo Raul Rodriguez Barrera, do Instituto mexicano de Antropologia e História, a maioria dos crânios são de homens e mulheres que tinham entre 20 e 35 anos de idade quando morreram. Eles podem ter sido retirados de outros locais de sepultamento e reenterrados lá. Barrera acredita que foram enterrados em algum momento entre 1440 e 1469.
Já os cinco crânios com buracos devem ter sido enterrado antes, entre 1375 e 1427. Os arqueólogos consideram-lhes uma oferta à pedra sacrificial que havia embaixo.

Os sacrifícios

No ritual asteca usual, as vítimas sacrificiais eram levadas para o topo do templo, onde quatro sacerdotes as deitavam sobre uma laje de pedra. O abdômen da vítima era cortado por um quinto “padre”, usando uma faca cerimonial capaz de atravessar o diafragma e abrir o peito do sacrificado. O padre então arranca o coração da vítima, ainda batendo.
Em seguida, esse coração era colocado em uma bacia e oferecido a uma estátua ao deus honrado. O corpo que restava era jogado para baixo do templo.
Durante a reconsagração da Grande Pirâmide de Tenochtitlan em 1487, os astecas informaram que sacrificaram cerca de 80.400 prisioneiros ao longo de quatro dias. Os historiadores acreditam que esse número possa ter sido exagerado.
A descoberta recente sugere que as vítimas encontradas morreram na forma mais usual de sacrifício asteca: nas mãos de sacerdotes que cortaram seu abdômen da barriga para a garganta e puxaram seu coração para fora.
Os arqueólogos acreditam que seus crânios foram provavelmente usados em rituais associados à Mictlantecuhtli, o deus asteca da morte.
Os furos em alguns deles foram provavelmente feitos para que fossem pendurados e exibidos perto de templos e outros locais importantes onde sacrifícios ocorriam. Outros crânios tinham sido modificados de uma forma que sugeria que seriam transformados em máscaras, trabalho que não foi concluído.
Esses tipos de máscaras, comuns entre os astecas, eram representações do deus da morte Mictlantecuhtli. Versões concluídas eram adornadas com pedra verde para simular os olhos e acompanhadas com colares, chocalhos e facas de obsidiana. 

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