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25 de outubro de 2012

Continuação de filme polêmico é um dos filmes mais depravados e doentios já feitos!





O primeiro A Centopéia Humana foi um dos primeiro filmes comentados.
 
nesse blog. Quase dois anos depois e mais de 400 filmes assistidos, só o A Serbian Film conseguiu novamente me deixar tão chocado com suas cenas de estupro, violência e pedofilia. É normal, quando comentamos que assistimos esse tipo de material, que algumas pessoas perguntem o motivo de o fazermos. Já comentei em outros textos mas nunca é demais relembrar: acima de qualquer coisa, eu gosto de cinema. Não deixo de assistir um lançamento por julgar que ele será ruim nem deixo de ver um filme por saber que ele contêm cenas polêmicas e chocantes. Não tenho absolutamente nenhum prazer vendo um recém nascido sendo estuprado nem me sinto inspirado quando vejo três seres humanos unidos por seus sistemas digestivos defecando na boca um do outro, mas gosto de acompanhar o que está sendo produzido na indústria cinematográfica e, principalmente, gosto quando esses filmes mexem comigo de alguma forma. Nojo, repulsa, raiva, tristeza ou alegria, qualquer coisa é melhor do que a indiferença frente a tantos títulos convencionais que todos os anos inundam as salas de cinema.
Certamente o diretor Tom Six sabe que seus filme provocou todas essas reações nas pessoas e decidiu explorar isso como o ponto de partida para a continuação de suas bizarrices. Martin (Laurence R. Harvey) pode ser visto no começo do filme assistindo as cenas finais de A Centopéia Humana em seu notebook. Ele é gordo, feio e mentalmente debilitado devido a abusos sexuais sofridos durante a infância. Apesar de ter sido molestado pelo próprio pai, Martin é culpado pela mãe por o marido tê-la abandonado e ainda tem de conviver com vizinhos barulhentos e pessoas mal educadas e depravadas que frequentam o estacionamento onde ele trabalha. Ou seja, Martin não é exatamente um sujeito normal e feliz. Inspirado pelo que vê o Dr. Heiter fazer no filme, o personagem começa a sequestrar pessoas para fazer sua própria centopéia humana! Ambicioso, Martin que unir não 3, mas 12 pessoas no esquema ass-to-mouth e pretende incluir entre elas a atriz Ashlynn Yennie, uma das personagens do primeiro filme.
Vamos contar: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 …
… 10! Martin não consegue concluir seu projeto tal como desejado, mas mesmo assim o personagem e o diretor Tom Six superam e muito tudo que é visto em A Centopéia Humana. Dr. Heiter, com seu jeitão assustador de cientista maluco clássico, parece um pai bondoso perto daquilo que Martin representa tanto fisica quando psicologicamente. Com seus olhos esbugalhados, óculos fundo-de-garrafa e uma barriga que bate lá no joelho, o personagem inspira medo e repulsa desde o primeiro momento em que aparece na tela e torna-se um vilão implacável quando começa a coletar corpos para sua centopéia, matando alguns e apenas desmaiando outros com uma arma que lhe confere um aspecto rústico e brutal, um pé de cabra que ele usa para esmagar cabeças durante todo o longa. Diferente do que aconteceu no primeiro filme, aqui a centopéia é apenas mais um dos elementos potencialmente chocantes da história, já que cenas como a do acerto de contas de Martin com a mãe ou a do bebê no carro (argh!) são tão ou mais pesadas do que assistir os humanos lá grudados.
Martin
Mas não pensem com isso que a centopéia decepciona. Se já era nojento ver 3 pessoas defecando uma na boca da outra e agoniante ver os tendões delas serem cortados para que elas não pudessem levantar, imagine isso acontecendo com 10 pessoas com o acréscimo de injeções de laxante. Martin, que diverte-se ta qual uma criança vendo seu “brinquedinho” funcionando, ainda dá vazão a sua mente doentia estuprando uma das mulheres da centopéia com arame farpado. Como se isso tudo não fosse suficiente, em uma rápida ensurreição das vítimas do personagem, Martin tem uma experiência extremamente dolorosa envolvendo um funil e uma centopéia de verdade. Entendedores entenderão.
A Centopéia Humana II, em todos os sentidos, é mais violento, doentio, sádico, grosseiro e nojento do que seu antecessor. Não sou lá muito “fresco” para assistir cenas gore, mas em alguns momentos do filme eu tive que virar o rosto, principalmente nas poucas cenas onde, além do preto e branco da fotografia, acrescentam uma terceira cor na tela. A cor é o marrom. Não posso dizer exatamente que eu gostei do que vi, mas no sentido de conseguir chocar o espectador e, de certo modo, sensibilizá-lo contra as terríveis consequências de abusos sexuais infantis, esse filme é extremamente competente. Clicando aqui, vemos que a sequência, que o título anuncia como o final da série, já está na pós-produção. Tenho calafrios só de imaginar o que pode ser mais nojento e violento do que é visto aqui.
E você aí, com medo de ir ao dentista…

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